18 março, 2011

Ministra minimiza divergências sobre Comissão da Verdade

DITADURA MILITAR


A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, defendeu nesta quinta-feira a instalação de uma Comissão Nacional da Verdade. Ela minimizou ainda qualquer divergência com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e com os militares sobre sua conduta e ressaltou que o trabalho vem sendo feito conjuntamente.

Quanto a eventuais resistências dos militares em abrirem os arquivos do período da ditadura, Maria do Rosário afirmou que as instituições das Forças Armadas, na atualidade, estão vocacionadas para a democracia. O Comando do Exército, porém, em documento recente divulgado pelo GLOBO , manifestou posição contrária à comissão e disse que irá criar tensões e retaliações.
Segundo a ministra, o esclarecimento sobre a circunstância e o destino dos corpos dos mortos e desaparecidos nos anos da ditadura militar não se trata de prioridade de governo ou parlamento, mas de toda a nação brasileira.

- É uma dívida da nação com o povo brasileiro que não está sendo reconhecida - disse Maria do Rosário.

Ao Congresso, ela solicitou que o assunto seja debatido no ritmo que os parlamentares julgarem adequado. O projeto que institui a criação da Comissão da Verdade foi encaminhado ao Congresso em maio de 2010, véspera do início da disputa presidencial.

Ao participar de encontro na Comissão de Direitos Humanos do Senado, para discutir com representantes de vários segmentos da sociedade a política de direitos humanos do Executivo, Maria do Rosário também destacou a situação da família do ex-deputado Rubens Paiva (PTB), preso pela ditadura militar e desaparecido desde 1971:

- A nação recebeu sua vida (Rubens Paiva). Agora, a nação recebe a luta de seus netos que querem saber o que ocorreu com Rubens Paiva e outros que morreram na luta pela democracia.

BLOG DO JAMILDO
POSTADO ÀS 10:51 EM 18 DE Março DE 2011

Agência Brasil

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