25 novembro, 2011

LAUREADA, MAS SEM PRETENSÕES POLÍTICAS

 




Recife, sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Renata Campos foi homenageada com a Medalha José Mariano por seu trabalho na área social.



Renata Campos (D) exibe comenda recebida. Imagem: RICARDO FERNANDES/DP/D.A PRESS
Embora onipresente em eventos do governo, a primeira-dama do estado, economista Renata Campos, é a discrição em pessoa. Avessa a holofotes e declarações, tem predileção pelas coxias. Ontem, todavia, esteve no centro das atenções. Homenageada pela Câmara do Recife com a Medalha do Mérito José Mariano, maior comenda da Casa, encarou o plenário lotado, câmeras de TV e fotógrafos para discursar em agradecimento à honraria. Emocionou-se, claro, ao ver reconhecido sua atuação em programas sociais e de incentivo à produção de artesanato. Em entrevista, descartou ter tido algum dia intenção de colocar-se como candidata a cargos eletivos. “Não tenho perfil”, resumiu. À sua maneira, tratou de desconstruir os rumores que apontam seu nome como possível “herdeira” do patrimônio da ex-deputada federal Ana Arraes, sua sogra, hoje ministra do Tribunal de Contas da União. 

A distinção, proposta pelo vereador Gilberto Alves (PTN), antigo companheiro de militância política de Renata, lotou o espaço de sessões da Câmara. Além de correligionários (vereadores, deputados, secretários e assessores estaduais), familiares da homenageada mereceram assento privilegiado na cerimônia. Estavam lá seus pais, os quatro filhos e a viúva do ex-governador Miguel Arraes, Magdalena Arraes – a vereadora Marília Arraes (PSB), prima do governador, foi ausência notada. O marido, óbvio, ocupou lugar de destaque na mesa que conduziu os trabalhos. Aliás, Eduardo Campos acabou provocando um dos momentos descontraídos do evento. Instado a falar pelo presidente da Casa, vereador Jurandir Liberal (PT), recusou-se. Com gestos, deixou claro que tinha ido ali para aplaudir a esposa.      

Trajetória

No discurso, Gilberto Alves sublinhou a característica que, segundo ele, marca a trajetória da mulher mais influente do governo. “Sua participação vai além da simples função de primeira-dama com ações sociais que reduziram a mortalidade infantil no estado. O programa Mãe-Coruja (idealizado e coordenado por ela), já está em 95 municípios”, disse, acrescentando que o empenho da primeira-dama fez também com que a Feira Nacional de Artesanato (Fenearte) estimulasse produção e negócios no setor e se consolidasse como o principal evento do gênero na América Latina.

Ao microfone, Renata Campos, citou Dom Helder e lembrou da luta abolicionista de José Mariano, primeiro prefeito do Recife. Revelou que se sente realizada em contribuir com um governo que procura dialogar e que é capaz de buscar convergências até mesmo com adversários. “Não há mais espaço para brigas e rancores”, disse. Alinhada com o discurso recorrente do esposo, pontuou ainda que o estado vive novos tempos. (Josué Nogueira)

 DIARIO DE PERNAMBUCO

0 comentários: