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04 maio, 2010

Tapioqueiros retirados do Alto da Sé em Olinda

Anamaria Nascimento
anamarianascimento.pe@dabr.com.br



Barracas foram retiradas ontem à tarde e comerciantes agora temem assaltos. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A/Press


Cerca de 50 vendedores de tapioca do Sítio Histórico de Olinda tiveram que sair do Alto da Sé e passaram a trabalhar na Ladeira da Misericórdia. A Secretaria de Patrimônio e Cultura do município está revitalizando os canteiros da Praça da Sé e coordenou a mudança dos tapioqueiros, ontem à tarde, desagradando os comerciantes.

A primeira queixa é sobre a falta de policiamento no local onde vão ficar por tempo indeterminado e a segunda sobre a iluminação que, segundo eles, é precária. "A gente já trabalha com medo na praça, que é alvo dos bandidos, imagine quando formos para a Ladeira da Misericórdia. Estamos indo para sermos assaltadas", disse Elizabeth Maria de Oliveira, 41 anos, tapioqueira do Alto da Sé há mais de 20 anos. "Além de não poder contar com rondas policiais, o estacionamento é muito escuro", completou o comerciante José Severino da Silva, 34.

Segundo os comerciantes, a área da Ladeira da Misericórdia é pequena e inapropriada para a instalação de mais de 50 barracas. "Não nos importamos em sair da praça, porque sabemos que é para o bem da comunidade. A questão é que deveriam nos ceder um espaço com uma boa estrutura. Esse aqui está em péssimas condições", disse o tapioqueiro Rubem Narciso, 60.

A arquiteta Maria Müller, da Secretaria de Patrimônio e Cultura de Olinda, destacou que o processo de recuperação dos canteiros da Praça da Sé é de extrema importância e que a remoção dos comerciantes muito necessária. "Para avançar com as obras, precisamos fazer essa mudança. Quando eles voltarem, terão novas barracas e um espaço reformado para trabalhar", afirmou.

Iluminação - A diretora de controle urbano da Prefeitura de Olinda, Ana Moura, informou que o policiamento e a iluminação do estacionamento serão reforçados para que os comerciantes trabalhem mais sossegados. "A CIATur (Companhia Independente de Apoio ao Turista), que já realiza rondas em todo o Sítio Histórico, está apoiando o trabalho da administração pública e vai fazer o policiamento desse novo espaço", esclareceu Ana Moura.

Questionada sobre o prazo de término das obras e retorno dos comerciantes à Praça da Sé, a diretora de controle urbano da Prefeitura de Olinda preferiu não fixar uma data. "A reforma está sendo feita há mais de cinco anos e tem como objetivo melhorar a vida dos olindenses. A intenção não é prejudicar ninguém que trabalha aqui, mas, infelizmente, não posso prometer uma data para o retorno deles", disse.

Fonte: Diário de Pernambuco (vida urbana), 04/05/2010
 

POSTADO POR ARLINDO SIQUEIRA

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24 setembro, 2009

Gambiarras em postes assustam Sítio Histórico

Gambiarras em postes assustam Sítio Histórico
Moradores reclamam que é rotina fiação soltar faísca e transformadores explodirem na Cidade Alta, em Olinda. Eles acreditam que o excesso de fio nos postes provoque as frequentes quedas de energia


O incêndio num dos postes da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) na Rua Henrique Dias, Sítio Histórico de Olinda, dia 7 de setembro último, deixou apreensivos moradores da Cidade Alta. Eles afirmam que o acidente não pode ser considerado um fato isolado, porque a fiação costuma soltar faísca. “Basta chover e os transformadores começam a pipocar. São fios demais e cuidados de menos”, diz a artista plástica Leila Leal, que vive na Henrique dias há 16 anos.
Para reforçar a informação, Leila aponta outro poste que pegou fogo na via onde mora, no trecho mais próximo da Rua 13 de Maio, seis meses atrás. “Até uma árvore ficou queimada”, recorda. Ela afirma que não perdeu eletrodomésticos no episódio mais recente porque o filho agiu rapidamente e desligou os aparelhos da tomada. “A Celpe vem e conserta, mas a gente não sabe por que o problema se repete.”
Além da fiação, a artista plástica reclama de buracos na Henrique Dias. “A Compesa alega que fez um conserto e agora cabe à prefeitura ajeitar a rua. O município responde que a questão é com a Compesa. Uma joga para a outra”, reclama. Leila acrescenta que a via afunda em alguns trechos e isso estaria provocando rachaduras na fachada das casas.
Aurora Moreira culpa a sobrecarga de fios nos postes pelas quedas de energia. Computadores e eletrodomésticos, diz, ficam vulneráveis às variações de corrente. “Explosões são comuns no transformador da Ladeira da Misericórdia, junto da Rua do Bonfim, quando chove. Semana passada escutei na Sé, nas imediações da Academia Santa Gertrudes. É uma situação precária para o Patrimônio Cultural da Humanidade.”
Ela chama a atenção para buracos nas ruas e calçadas destruídas. “É uma vergonha. Fecharam um buraco na Rua do Bonfim no começo deste ano, mas o local cedeu novamente”, critica. Na mesma via, uma calçada quebrada foi preenchida com metralhas. A Prefeitura de Olinda diZ que há buracos nas ruas por causa de obras da Compesa, mas garante que todos serão tapados.
A moradora da casa em frente ao transformador da Misericórdia que solta faísca, Odete Sultanum Villa Nova, confirma as declarações de Aurora. “Tem dias que o pipoco é enorme, tenho até medo que esteja passando alguém na calçada numa hora dessa”, afirma. Ela observa que nos períodos festivos a sobrecarga aumenta com gambiarras.
“Meu marido colocou uns dispositivos em casa que desligam os aparelhos elétricos quando há queda de energia, por isso nunca perdi equipamentos”, revela. Odete Sultanum também se queixa de pichações na Cidade Alta. Na semana passada, foi obrigada pela prefeitura a apagar um painel carnavalesco pintado na fachada da casa voltada para o Beco das Cortesias.
Depois de receber a notificação, cobriu os desenhos com cal. “O painel era atração turística, as pessoas faziam fotos. Quero saber, agora, qual a proteção da prefeitura contra a pichação da minha parede lisa?”, indaga. O imóvel contrário ao dela, no Beco das Cortesias, está coberto de pichações.
INSPEÇÃO
A Celpe vistoriou o Sítio Histórico, quinta-feira passada, e informa que os problemas na rede elétrica das quatro áreas citadas na reportagem são provocados por ligações clandestinas. Técnicos da companhia identificaram violações em 30 caixas de distribuição de ramais instalados nos postes.
Conforme a Celpe, os equipamentos não deveriam ter contato com água da chuva. “Os danos provocados por terceiros possibilitaram infiltrações”, esclarece a empresa. Os curto-circuitos relatados por moradores (fios faiscando e defeito nos condutores), nos dias de chuvas, são provocados pelas infiltrações, explica a Celpe.
A concessionária avisa que adotará providências para sanar o problema e que elaborou projeto para embutir a fiação nessas vias. A prefeitura aguarda resposta da Petrobras para dois novos trechos desse serviço: os circuitos Amparo e Prudente de Morais. No primeiro está incluída a Ladeira da Misericórdia e no segundo, a Ladeira do Bonfim. A estatal financiará a obra. A Rua Henrique Dias integra outro circuito, cujo projeto está em análise. O município começou a embutir a fiação do Alto da Sé, com recursos do Prodetur.




POSTADO POR ARLINDO SIQUEIRA

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