
De acordo com Pereira, um decreto expedido em março declarou 12 mil dos 36 mil metros quadrados do terreno como sendo de utilidade pública. No mesmo mês, segundo o procurador, o município entrou com uma ação e a Justiça autorizou a desapropriação. “É o terreno que atende às condições técnicas impostas pelo Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE)”, explicou César.
Os proprietários da Tamandaré, que veicula conteúdo religioso e informativo, dizem que a rádio não pode funcionar num terreno menor que aquele porque é preciso de um grande espaço para acomodar equipamentos como radiais e antena. “Se tirar o terreno, mata a rádio”, lamenta Luiz Alberto Lacerda, um dos donos da empresa, que emprega cerca de 60 funcionários.
Lacerda prefere não dizer os motivos que imagina terem sido adotados pela prefeitura para escolher o terreno, mas acredita que o município poderia ter optado por outras áreas. “Tem vários terrenos que eles podem usar. Foi de uma insensibilidade muito grande”, reclama o proprietário. Ele disse que ainda não foi notificado. Quando isso acontecer, diz ele, pretende entrar na Justiça. “Vamos conclamar o povo evangélico e tentar pressionar”.
O procurador do município afirmou que o Executivo se dispõe a encontrar uma forma de manter a rádio funcionando. “A prefeitura dá um tempo para (a rádio) achar outro terreno desde que não atrase o início das obras”, afirmou sem estabelecer um prazo.
Segundo César Pereira, o município já fez um depósito em juízo de R$ 550 mil em nome da Tecnomecânica Esmaltec, que consta como proprietária do terreno. O proprietário da Rádio Tamandaré desconhece qualquer indenização.
Fonte: Blog do Jamildo
POSTADO POR ARLINDO SIQUEIRA
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