15 julho, 2009

15/07/2009 Eduardo se irrita com aliados Núcleo político do Governo se reuniu para avaliar posições do PR e PP.

15/07/2009
Eduardo se irrita com aliados
Núcleo político do Governo se reuniu para avaliar posições do PR e PP
EM NOTA, governador evitou polemizar sobre divisão na sua base de apoio
ARTHUR CUNHA

Oficialmente, o governador Eduardo Campos (PSB) lançou mão do seu famoso mantra - “2010 só em 2010” -, reproduzido em nota oficial, ontem, para não comentar a decisão do deputado federal Inocêncio Oliveira (PR) em zerar o processo de escolha dos seus candidatos ao Senado. Nos bastidores, entretanto, o governador ficou irritadíssimo com a “rebeldia” do presidente regional do PR, que ignorou sua condição de condutor do processo sucessório. Na segunda-feira, logo após o republicano anunciar seu posicionamento, Eduardo convocou às pressas uma reunião do núcleo político do seu Governo para avaliar o peso da declaração. O grupo ficou até altas horas no Palácio das Princesas discutindo como deveria agir.
Ontem pela manhã, interlocutores de Eduardo, que estavam na reunião, conversaram com lideranças do PR. À tarde, o secretário Sebastião Oliveira (PR/Transportes) veio a público desmentir rusgas com o governador e garantir o apoio inconteste da sigla à reeleição do socialista. Também citado na reunião dos “eduardistas”, o PP - que declarou voto no senador Sérgio Guerra (PSDB) - não preocupa o governador porque seu peso eleitoral é muito menor que o de Inocêncio, segundo avalia um palaciano.
Participaram da reunião, além de Eduardo Campos, os secretários Ricardo Leitão (Casa Civil), Fernando Bezerra Coelho (PSB/Desenvolvimento Econômico), Sileno Guedes (PSB/Relações Institucionais), Danilo Cabral (PSB/Educação) e o vice-prefeito do Recife e presidente estadual do PSB, Milton Coelho.
Na nota oficial, enviada pela Secretaria de Imprensa, Eduardo Campos insiste no discurso de não antecipar o processo eleitoral. “Mantenho a diretriz, já tornada pública em diversas ocasiões, de que só em 2010 tratarei de questões relacionadas ao processo eleitoral. Neste momento, concentro todas as minhas energias na tarefa que me foi confiada pelo povo, de construir um novo tempo para Pernambuco”, sublinha o socialista.
Argumentando que “confundir o tempo de gestão com o tempo de política eleitoral contraria a população”, Eduardo Campos avisou que, “no momento oportuno e no cumprimento das responsabilidades, construirei, com as forças que compõem o nosso campo, a chapa que melhor represente o nosso projeto”.

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