05 outubro, 2009

PROCURA-SE UM PREFEITO. Gratifica-se bem!

Desde que o homem é homem ele sentiu a necessidade de administrar o seu espaço. Seja para poder melhor acomodar-se, seja para livrar-se dos eventuais problemas, a verdade é que o homem é um administrador nato. Passaram-se os séculos, o homem evoluiu e os problemas acompanharam a eterna necessidade de melhor aproveitarem-se os espaços a ele destinados, livrando-o dos problemas que se lhe apresentavam.
No século 14, em pleno Império Romano, foi criada a figura do praefectus, origem do nosso prefeito moderno. Ao praefectus cabia a administração e zelo por uma determinada parcela territorial. Ele era um administrador público. Aquele a quem cabia proporcionar às pessoas do lugar o bem-estar necessário para a sua melhor convivência com o meio em que habitavam, livrando-os dos problemas advindos do constante crescimento populacional e da desordem urbana que se instalva.
Os séculos continuaram passando. A máquina do tempo nos trouxe ao século 21. Caímos em Olinda. Oh! Bela posição para..., teria dito o seu primeiro praefectus, aquela babaquice em que todos acreditam. Instalou-se na velha Marim dos Caetés o não menos velho e carcomido Partido Comunista, que já vai na sua terceira e desastrosa gestão.
Agora o praefectus é um tal de Renildo Calheiros, lá das Alagoas, irmão daquele senador que todos conhecem por suas manhas e artemanhas e amigo daqueLLe outro, também conhecido alagoano. Diferentemente daqueles que criaram o comunismo, esse é reconchudo, vive bem, anda em carro importado, mora à beira mar e é um ilustre forasteiro que ali se aboletou.
Pois bem, passados já nove meses da sua posse festiva, regada a bom uísque e caros tira-gostos, pois comunista agora é elite, o praefectus Renildo chegou, viu a bronca e sumiu. Viaja mais que Lula. Procurando, ninguém sabe, ninguém viu! Enquanto se encontra nas alturas ou nas festanças em Brasília, a Olinda que tanto amamos vai se acabando, entregue que está ao descaso da administração comunista que lá se instalou. As ruas e avenidas estão cada vez mais esburacadas, a péssima iluminação pública obriga-nos a verdadeiroa “vôos cegos” ao transitarmos à noite nas principais avenidas, o lixo que se acumula em muitas ruas gera mal-estar entre os transeuntes e lega a cidade batalóes de ratos, a beira-mar é de dar pena, a nova circulação viária no Crmo está gficando intransitável menos de seis meses depois de dada como concluída, o alto da Sé, um dos principais pontos turísticos, está coberto de lixo e entulho, numa desorganização urbana difícil de ser vista em qualquer outra cidade histórica que preserva e explora o turismo de forma responsável e profissional. Enfim, esse é o retrato sem retoques da nossa querida Olinda. Não bastasse tudo isso, ainda são forçados a assistir, revoltados, a uma mentirosa e caríssima propaganda em horário nobre ao custo de milhões de reais, dinheiro esse que poderia estar sendo gasto nas obras necessárias para uma melhor qualidade de vida de seus habitantes.
Assim, a população de Olinda continua à procura do seu praefectus e garante uma boa recompensa a quem o encontrar, calculada com base nos prejuízos com seus automóveis causados por quedas nas imensas crateras da cidade, com a desvalorização de seus imóveis e com desgastes e má impressão de seus visitantes. Olinda e sua gente merecem um praefectus melhor, à altura da sua importância histórica e cultural.


Paulo Arthur Marenga/ economista

POSTADO POR ARLINDO SIQUEIRA


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1 comentários:

Anônimo disse...

Excelente texto; bem escrito e com uma ironia inteligente!