31 março, 2010

MÉDICOS DE OLINDA PARAM DE NOVO

REIVINDICAÇÕES -

Continuando uma sequência de paralisações, os médicos de Olinda cruzam os braços durante todo o expediente de hoje. O manifesto é para reivindicar questões salariais que estão em discussão desde o fim do ano passado. Esse é o sexto protesto da categoria. De acordo com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), o salário-base do profissional de medicina que atua na cidade Patrimônio Histórico Cultural da Humanidade está aquém quando comparado com os outros municípios de Pernambuco. O serviço será contínuo nos atendimentos de urgência, com o Serviço de Pronto-Atendimento (SPA) de Peixinhos e o Hospital Tricentenário. Os Postos de Saúde da Família (PSFs), os serviços ambulatoriais e o internamento na Maternidade Brites de Albuquerque não estarão disponíveis para o atendimento à população.

São mais de 250 médicos vinculados à rede de Olinda e apesar do pleito maior ser para incremento salarial, a categoria também pede melhores condições de trabalho e re-estruturação da saúde. “Um médico da rede de Olinda recebe menos de um terço do que é direcionado aos profissionais das outras cidades”, explicou o diretor do Simepe, Tadeu Calheiros. O médico diarista do município recebe R$ 882 de salário-base e incentivo SUS de R$ 110. A proposta debatida no auditório do Simepe, desde o início das manifestações, foi de aumentar o salário-base para R$ 1.100.

Inicialmente, a prefeitura propôs um acréscimo de R$ 500 em gratificações, que foi recusado pela categoria. Na última sexta-feira, foi apresentada uma nova proposta, que também não agradou. “Foi novamente recusada porque está praticamente igual à anterior, sendo que o abono subiu para R$ 550”, explicou. Por meio de nota oficial, a Secretaria de Saúde de Olinda afirmou que nenhuma insatisfação da categoria havia sido oficializada. “Mas, caso isso aconteça, como em vezes anteriores, a Secretaria de Saúde, da Administração e Fazenda, juntamente com o Governo Municipal, vão avaliar a contraproposta da categoria”, destacou o documento. A promessa da categoria é de novas paralisações na segunda, terça e quarta-feira, quando será realizada uma nova assembleia para discutir os rumos dos médicos.

BÁRBARA FRANCO
FOLHA DE PERNAMBUCO

POSTADO POR ARLINDO SIQUEIRA

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