17 junho, 2010

PP em cima do muro Sucessão

Partido só vai decidir se apoia reeleição do governador Eduardo Campos após a reunião do diretório nacional, na próxima semana

O PP de Pernambuco tem quatro prefeitos, 81 vereadores, um deputado federal e 1 minuto e 36 segundos no guia eleitoral de TV.

Eduardo da Fonte, aliado de Sérgio Guerra, evita falar sobre a eleição. Foto: J. Batista/Agência Câmara
Embora tenha assento no governo estadual, ocupando a presidência do Instituto de Recursos Humanos, o partido não confirma se seguirá na base do governador Eduardo Campos (PSB), candidato à reeleição. Cortejado pela oposição, também não garante se estará no palanque do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB).

Nos bastidores, porém, sabe-se que o presidente estadual do partido, deputado federal Eduardo da Fonte, tem excelente relação com o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra. E que a partir desta afinidade estaria trabalhando para que a direção nacional opte por ficar ao lado do presidenciável tucano, José Serra. Há que se destacar que o PP comanda o Ministério das Cidades no governo Lula e que em nível nacional tem direito a 2,37 minutos no horário político.

Eduardo da Fonte prefere não tocar no assunto sucessão. Mas diz que a definição sobre qual caminho o partido seguirá emPernambuco só ocorrerá após a decisão da nacional, a ser tomada na terça-feira (veja entrevista abaixo). O deputado afirma, porém, que um eventual apoio a Serra não significa adesão automática a Jarbas. Do mesmo modo, se a opção for pela presidenciável do PT, Dilma Rousseff, não garante a entrada do PP na aliança governista.

O PP esteve na coligação de Eduardo Campos em 2006. Mas, desde setembro passado, quando Eduardo da Fonte anunciou que apoiaria a reeleição de Guerra ao Senado (na época o tucano pensava em renovar o mandato) a relação entre o partido e o Palácio do Campo das Princesas ficou estremecida. Pelo menos três indicados pelo deputado para o Metrorec - inclusive para a presidência - perderam suas funções.

Ontem, o parlamentar recusou-se a se posicionar quando questionado se integrava ou não da base do governo. Disse que o partido está dividido em Pernambuco e que irá conversar com cada prefeito e liderança separadamente após a decisão nacional. Por outro lado, um dos líderes do PP no estado, o ex-deputado federal e hoje prefeito de João Alfredo, Severino Cavalcanti, reiterou ontem que não vota em Serra e Jarbas "sob hipótese alguma". E adiantou que se posicionará em favor de Dilma na reunião da executiva e na convenção nacional, marcada para o dia 30.

Ao mesmo tempo, o presidente do PSB em Pernambuco, Milton Coelho, informa que as conversas com o PP não estão esgotadas e que está otimista com a participação da sigla na reeleição do governador. (Josué Nogueira)


DIÁRIO DE PERNAMBUCO

POSTADO POR ARLINDO SIQUEIRA


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