16 junho, 2010

RENILDO PREVÊ DISPUTA APERTADA

Frisando que o adversário merece respeito, “porque o Jarbas Vasconcelos (PMDB) é um ex-governador e senador da República”, o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), já tem previsão de placar para o jogo eleitoral que encerra-se em 3 de outubro. Vitória do governador Eduardo Campos (PSB) por “coisa de 12 pontos de diferença, conquistando a reeleição com 56%, 57% dos votos”. Na entrevista concedida à Rádio Folha FM 96,7, ele disse que Pernambuco é um estado politizado, por isso não se pode esperar uma grande vantagem para o vencedor.

Contudo, o comunista salientou que, se Jarbas fosse depender de obras feitas em Olinda, não teria um voto sequer, pois considera que, mesmo em apenas três anos e meio de gestão, Eduardo Campos já fez muito mais pelo município. “Não tem nem comparação. Não tem um obra lá em Olinda de Jarbas. Se o critério for quem trabalhou mais pelo município, Jarbas é zero voto em Olinda”, disparou. Na Cidade Patrimônio, Jarbas é apoiado pela ex-prefeita e hoje deputada estadual Jacilda Urquisa (PMDB), que foi adversária da ex-prefeita Luciana Santos (PCdoB), correligionária de Renildo.

Dizendo que a tarefa de gestor público é uma atividade um tanto solitária para quem já esteve nos debates políticos acalorados da Câmara dos Deputados, Renildo usou toda a sua retórica para defender a união da candidatura presidencial de Dilma Rousseff (PT) com o PMDB. “O PMDB é um partido muito forte. Qualquer candidato hoje precisa do PMDB para governar. Se a Dilma não estivesse com o apoio do PMDB, agora, teria que correr atrás dele, depois de eleita, para garantir a governabilidade. Então é melhor ter agora”, opinou o prefeito, referindo-se à escolha do deputado Michel Temer para vice.

Com o intuito de destacar as qualidades administrativas de Dilma, justificando assim a escolha do presidente Lula (PT), Renildo trouxe à tona o mote que deverá integrar o discurso situacionista contra a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB): o apagão energético. “Não podemos deixar de esquecer que Dilma foi uma extraordinária ministra de Minas e Energia, que pegou a pasta depois de uma crise energética sem precedentes no Brasil. Ela foi tão eficiente que, em seguida, assumiu a Casa Civil”, relembrou Calheiros.

O prefeito aposta numa eleição nacional polarizada entre a petista e o candidato da oposição, José Serra (PSDB). Ele avaliou que a senadora Marina Silva (PV) está isolada e não conseguirá desempatar a disputa. “Marina está mal colocada na eleição, não está conseguindo apoio de outros partidos, o que complica o cenário para que ela possa ser realmente um terceira via como desejava”, disse.



ENTREVISTA DADA A FOLHA

 POSTADO POR ARLINDO SIQUEIRA
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