26 julho, 2010

OLINDA - Professores param antes de encontro

DEU NA FOLHA DE PERNAMBUCO DIA 26/07/2010

Paulo Carvalho   
 
Antecipando-se ao encontro com o prefeito Renildo Calheiros, marcado para a próxima segunda-feira, professores da rede municipal de Olinda, realizaram, ontem, paralisação de 24 horas. A suspensão das atividades de 1.200 profissionais de ensino, acontecida uma semana depois do recomeço das aulas e dois dias após reunião com a Secretaria de Educação, também contou com protesto no hall da prefeitura do município. Nas reivindicações, o ajuste do Plano de Cargos, Carreiras e Desenvolvimento (PCCV), o enquadramento por tempo de serviço, além do cálculo da remuneração de Difícil Acesso a partir do salário base.   

“Nossa principal reivindicação é a aprovação do PCCV, com a tabela salarial de acordo com o piso, o que deveria ter sido feito desde o ano passado para ser implantado em janeiro de 2010. A tabela que a prefeitura está propondo é uma que reduz alguns salários e nós não aceitamos”, afirmou Marineide Correia, presidente do Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Olinda. Segundo Correia, o descontentamento se estende à mudança da lei de Difícil Acesso, que remunera 20% sobre o salário base de cada funcionário que atua em escolas de difícil acesso. De acordo com proposta da prefeitura, a remuneração seria fixa de R$ 200, diminuindo algumas gratificações. “Não adianta falar com a Secretaria de Educação porque ela só traz recado do prefeito”, disparou.

Segundo a secretária de Educação, Leocádia da Hora, a questão está fechada para o governo municipal, já que a alegação de que os salários sofreriam redução não se sustentaria. “O sindicato propõe uma tabela de remuneração que começa menor que o piso e o governo não pode aceitar um proposta dessas. A prefeitura se comprometeu em sempre que houver redução (virtual) de salários, estes seriam enquadrados em faixas maiores, até que não sejam menores que o piso”, explicou a secretária.

 Ainda de acordo com Leocádia da Hora, a redução de salários acontece por efeito de distorção no cálculo da porcentagem da incorporação de regência, também conhecida como “pó-de-giz”. O novo cálculo proposto pela prefeitura seria realizado com adicionais de valores fixos, e não mais com o acréscimo de 35% sobre o salário base. Como o cálculo reduz os salários maiores, a prefeitura se comprometeria em realocar as faixas salariais até que o servidor não tivesse perda nos vencimentos. Em decorrência do protesto, cerca de 16 mil alunos de mais de 100 escolas ficaram sem aula no dia de ontem. Os professores estão em greve de meio-expediente desde o último dia 27 de maio.


POSTADO POR ARLINDO SIQUEIRA

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