09 agosto, 2010

Farol de Olinda de portas fechadas

DEU HOJE NO DIÁRIO DE PERNAMBUCO (VIDA URBANA)

Visitação restrita // Prestes a completar 69 anos, local só tem acesso liberado para pesquisadores e grupos de estudantes



Um símbolo de Olinda e ícone histórico do estado vive sob o ostracismo e esquecido do ponto de vista turístico. Encravado na encosta do bairro do Amaro Branco, parte menos badalada do Sítio Histórico da cidade, o Farol de Olinda, prestes a completar 69 anos no próximo mês, está de portas fechadas para visitação de turistas.

Atualmente apenas pesquisadores e grupos de estudantes, mediante autorização por ofício entregue com antecedência à Capitania dos Portos de Pernambuco, podem ter acesso a uma das mais belas vistas de Pernambuco, o mar e as paisagens das cidades-irmãs Recife e Olinda. A Secretaria Municipal de Turismo alega que a responsabilidade sobre o monumento é da Marinha e, por isso, não tem uma proposta para tornar viável o acesso ao local, que em outras épocas já foi uma atração turística.

O Farol de Olinda é o mais importante entre os sete faróis ainda existentes em Pernambuco. Com 42 metros de altura e famoso pelas "listras em zebra" (preto e branco, para ajudar na visualização para a tripulação em alto-mar), a torre permanece em atividade mesmo em tempos de GPS, dando orientações a navegantes que se aproximam do Porto do Recife. Além de dois civis que habitam o espaço, há um militar da Marinha, que cumpre a função de vigiar e verificar o bom funcionamento do farol 24 horas por dia.

"Aqui já houve visitação técnica e de alunos em grupos de escola. Para entrar, é preciso pedir autorização ao Comando da Capitania", informou o cabo faroleiro Edson Batista, que faz a guarda e manutenção do lugar. Há pelo menos um ano e meio, desde que o faroleiro está na função, o farol não recebe visitas regulares. Vizinha à construção histórica, a dona de casa aposentada Rita Rozete, 67 anos, diz que não lembra da última vez que o farol foi visitado. "As visitas aconteciam mais nos finais de semana. Hoje alguns turistas param aqui em frente e voltam desconsolados", disse.

Um dos aspectos que depõem contra a viabilidade do farol como destino turístico é o acesso difícil ao topo datorre. Existe um elevador de carga, mas só pode subir uma pessoa por vez. A outra opção é subir os 187 degraus estreitos e de piso escorregadio. Não existe projeto, segundo a Prefeitura de Olinda, para a melhoria do acesso ao monumento. A 100 metros dali, a Ladeira da Sé, no entanto, recebe investimentos para a construção de um elevador panorâmico com vista de 360 graus da orla.

Procurada pelo Diario de Pernmabuco, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Olinda declarou que não tem gerência sobre o farol. O Comando da Capitania dos Portos não foi encontrada para comentar o porquê da suspensão das visitas turísticas.

Histórico

O atual Farol de Olinda é datado de 7 de setembro de 1941. A primeira construção do gênero na cidade remonta ao século 19 e era feita de ferro fundido (hoje é de concreto armado). Sua luz é visível a 46 milhas náuticas de distância. Isso significa que um navegador pode avistar o sinal luminoso a mais de 85 km da orla (1 milha náutica equivale a 1852 metros). Possui uma lâmpada de vapor metálico de 70 W, ampliada por um sistema de lentes, que funciona com base em energia elétrica, além de bateria em caso de pane


POSTADO POR ARLINDO SIQUEIRA

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