29 setembro, 2010

Debate sem surpresas entre Jarbas e Eduardo

DEU HOJE NO DIÁRIO DE PERNAMBUCO (POLÍTICA)

O último debate da campanha para o Executivo estadual, promovido pela TV Globo ontem à noite, foi marcado por cobranças ao governador Eduardo Campos (PSB), que busca a reeleição. Repetindo a estratégia de confrontos anteriores, os três participantes de oposição destinaram críticas à administração estadual. Atacaram desde a política de atendimento a menores e a segurança até saneamento, educação e saúde. O ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e o atual voltaram a confrontar passado e presente, comparando gestões.


Propostas e questionamentos mútuos entre os candidatos foram os mesmos expostos durante todo o período de campanha nos últimos três meses Foto: Andre Marins/Esp. para o DP/D.A Press
Sérgio Xavier (PV) tratou de enfatizar a importância de planejamento em todas as áreas e reiterou a preocupação com o fato de Pernambuco estar há 50 anos nas mãos dos mesmos grupos políticos. Edilson Silva (Psol) voltou a cobrar explicações para a alta média anual de homicídios, que, segundo ele, é a mesma desde quando Jarbas estava no governo. Também tornou a lembrar que Pernambuco paga o pior salário de professor do país.

A questão da segurança, embora lembrada como um problema nacional que deveria estar sob a responsabilidade do governo federal, motivou o primeiro embate entre Jarbas e Eduardo. O governador perguntou ao peemedebista quais seriam sugestões para aperfeiçoar o Pacto Pela Vida. Jarbas afirmou que era preciso criar um ministério específico para a segurança, uma vez que o da Justiça, que responde pelo setor, é loteado politicamente. Depois frisou que, em Pernambuco, a segurança vai mal, sem transparência. "Se tecem loas à redução de homicídios, mas não se registram crimes como roubos, assaltos a banco, sequestro".

Eduardo disse que a questão exige a mobilização de toda a sociedade, de prefeitos, ministros e senadores. Afirmou que vem atuando na prevenção, com mais aparelhamento das polícias, instalação de câmeras e que não se deve jogar a culpa em "a" ou "b", uma vez que isso não resolve nada.

Em outro momento, os dois voltaram a se confrontar quando debateram educação. Mais uma vez, Eduardo lembrou que reabriu a Etepam (Escola Técnica Agamenon Magalhães) e que instalou 13 escolas técnicas e licitou outras 11. Jarbas rebateu afirmando que não fez mais nessa área porque recebeu o estado quebrado do antecessor (governador Miguel Arraes), de quem Eduardo foi secretário da Fazenda. "Depois de oito anos, fechou a Etepam, escolas caindo, sem professores, vendeu a Celpe", disse Eduardo.

Edilson, por sua vez, criticou a presidenciável do PV, Marina Silva, por ter firmado pacto com banqueiros internacionais de que manterá a política econômica em vigor. Para ele, agindo assim, ela não teria recursos para investir em prioridades como o saneamento. Sérgio defendeu a aliada lembrando que o país pode avançar sem que se descumpra compromissos assumidos.



POSTADO POR ARLINDO SIQUEIRA

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