13 setembro, 2010

Presidenciáveis fazem o debate mais duro até agora

 Programa foi marcado pelo duelo entre petista e tucano

 Escândalos foram o principal tema do embate promovido, ontem, pela Rede TV! 

SÃO PAULO (Folhapress) - Tendo acu­sa­ções de cor­rup­ção como pano de fundo, Dil­ma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) pro­ta­go­ni­za­ram o maior con­fron­to da cam­pa­nha elei­to­ral no de­ba­te Folha/Rede TV!, ontem à noite, entre os qua­tro prin­ci­pais can­di­da­tos a pre­si­den­te. Dilma acu­sou Serra de ser ca­lu­nia­dor - o que ren­deu um di­rei­to de res­pos­ta ao tu­ca­no - e disse a ele que não se achas­se o dono da ver­da­de. “O se­nhor não é me­lhor do que ­ninguém’’, afir­mou.
Ela tam­bém ten­tou se des­vin­cu­lar da mi­nis­tra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, cujo filho é acu­sa­do de co­brar co­mis­são para in­ter­me­diar ne­go­cia­ções de con­tra­tos com o go­ver­no. Erenice foi sua prin­ci­pal as­ses­so­ra na Casa Civil e no Ministério das Minas e Energia. “O que eu quero dei­xar claro é que eu não con­cor­do, não vou acei­tar, que se jul­gue a minha pes­soa ba­sea­do no que acon­te­ceu com o filho de uma ­ministra’’, disse Dilma. Ela não res­pon­deu se co­lo­ca­ria sua mão no fogo por sua ex-as­ses­so­ra.
Serra cha­mou Dilma de eva­si­va por não res­pon­der às per­gun­tas e de usar o apa­ra­to legal para pro­te­ger com­pa­nhei­ros e per­se­guir ad­ver­sá­rios, o que tam­bém deu di­rei­to de res­pos­ta. Dilma foi pres­sio­na­da por Serra, Marina Silva (PV) e por jor­na­lis­tas a res­pon­der sobre a vio­la­ção de si­gi­los fis­cais na Receita Federal.
A pe­tis­ta cri­ti­cou a ten­ta­ti­va de ligar as que­bras de si­gi­lo com sua cam­pa­nha. “Eu dis­cor­do dessa es­pé­cie de ma­la­ba­ris­mo que faz de ten­tar ligar este va­za­men­to à minha ­campanha’’, afir­mou.
Marina, em duas opor­tu­ni­da­des, ques­tio­nou Dilma sobre cor­rup­ção. A can­di­da­ta do PV disse que a vio­la­ção de si­gi­los está ba­na­li­za­da por­que o pró­prio go­ver­no ad­mi­te que isso é ro­ti­nei­ro. Dilma não ga­ran­tiu que novos va­za­men­tos não vol­ta­rão ocor­rer. “É fato que no Brasil já houve gran­des va­za­men­tos. Esse não foi o pri­mei­ro e que­ria que este fosse o úl­ti­mo. Não tenho cer­te­za que será o úl­ti­mo.’’
José Serra apro­vei­tou quase todas as opor­tu­ni­da­des que teve para ata­car a can­di­da­ta do PT, líder nas pes­qui­sas de in­ten­ção de voto.
Logo na pri­mei­ra per­gun­ta, sobre os su­ces­sos e fra­cas­sos do go­ver­no Lula, Serra abor­dou os casos de cor­rup­ção. “O maior fra­cas­so (do go­ver­no Lula) foi o men­sa­lão, o dos­siê dos alo­pra­dos, agora a vio­la­ção da Receita’’.
Ele tam­bém citou o caso dos “­aloprados’’ da cam­pa­nha de 2006, o ex-as­ses­sor da Casa Civil, Waldomiro Diniz, acu­sa­do de co­brar pro­pi­na para fa­ci­li­tar con­tra­tos com o go­ver­no e o ex-mi­nis­tro José Dirceu (PT). Dilma, mais tran­qui­la que nos ou­tros de­ba­tes dos quais par­ti­ci­pou, só abor­dou os casos de cor­rup­ção quan­do foi pro­vo­ca­da. Ela pre­fe­ria falar sobre con­quis­tas do go­ver­no Lula -o pre­si­den­te foi ci­ta­do em pra­ti­ca­men­te todas as suas par­ti­ci­pa­ções.



 POSTADO POR ARLINDO SIQUEIRA

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