24 novembro, 2011

Eduardo se mostra simpático à tentativa de reaproximar os Joões

Frente Popular

"Toda aproximação é boa", resume o governador ao ser questionado sobre o assunto

 / Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Ainda que um eventual entendimento entre o prefeito do Recife, João da Costa (PT), e o antecessor, o deputado federal João Paulo (PT), seja prejudicial para as ambições majoritárias de seu partido, o governador Eduardo Campos (PSB) garante que quer mais é ver os dois se abraçando novamente. “Toda aproximação eu acho boa”, resumiu ele nesta quarta-feira (23), sorrindo, ao ser questionado sobre a movimentação realizada pela executiva nacional petista na tentativa de reaproximar os dois Joões.
O PSB desembarcou na disputa pelo comando da capital no melhor estilo bomba surpresa com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), mudando seu domicílio eleitoral para o Recife. Isso aos 45 minutos do segundo tempo, um dia antes do prazo oficial determinado pela Justiça Eleitoral para as mudanças.

Pego de surpresa, João da Costa tentou reagir com tranquilidade, mas anda mandando recados velados aos aliados, especialmente ao partido do governador. A leitura é de que as movimentações de Bezerra Coelho são todas orquestradas pelo comandante do Palácio do Campo das Princesas. Mas, de concreto, apenas o fato de a base governista estar “solta” desde que se deu o rompimento entre os Joões. No alto escalão da Prefeitura do Recife já se reconhece que a pior crise vivida pelo prefeito foi a briga com o ex-gestor.
Atentos à movimentação do PSB em todo Brasil, os integrantes da nacional petista não admitem a possibilidade de ver um projeto de doze anos de gestão se perder em função desse desentendimento. João Paulo e João da Costa estiveram por duas gestões do mesmo lado e a escolha do nome do prefeito em 2008 causou um furor que foi sustentado com mãos de ferro pelo deputado, que à época comandava a sucessão.
Os aliados observam que há uma resistência maior de João Paulo em ceder aos apelos de diálogo. Já o prefeito, em clara desvantagem eleitoral, reafirma estar de “braços abertos”.

Publicado em 24/11/2011, às 00h15

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