Descaso em obra de Olinda é “comemorado”

Oposição cobrou a conclusão da construção do Canal da Malária

O Movimento das Oposições em Olinda realizou, na tarde de ontem, mais uma ação para denunciar problemas da gestão do atual prefeito Renildo Calheiros (PCdoB). Desta vez, o alvo foi a inacabada obra do Canal da Malária. O grupo - que é formado pelo PMDB, PMN, PSDB, DEM, PSC, PTC, PRP, PPS, PSL e PTN - se reuniu em um trecho do canal, localizado no bairro de Jardim Brasil I, e levou um bolo para lembrar, simbolicamente, que já se passaram 11 anos desde que o PCdoB assumiu a Prefeitura e prometeu fazer a intervenção no local. Os oposicionistas também levaram a Tribuna do Povo, ação do movimento que coloca o microfone à disposição da população para que as pessoas façam suas reclamações.

De acordo com o pré-candidato do DEM, Armando Sérgio, que coordenou a ação, apesar de já se terem passado tantos anos, até agora só foram construídos dois quilômetros dos 12 que tem o canal. “Eles prometeram esse canal ainda na campanha de Luciana (Santos), mas até agora nada de concluir, e hoje (ontem) estamos comemorando o aniversário de 11 anos do descaso. O que eles sabem fazer é chegar aqui na comunidade, fazendo terrorismo, desapropriando as casas dos moradores e dando a eles um auxílio-moradia de R$ 130, que não dá para nada. E o pior é que eles derrubam as casas e não fazem a obra”, atacou.

Além de Armando, outros quatro pré-candidatos da oposição estavam presentes no ato: Terezinha Nunes (PSDB), Izabel Urquiza (PMDB), Arlindo Siqueira (PSL) e André Luiz Farias, o Alf (PMN). Todos aproveitaram para externar suas críticas à gestão do prefeito Renildo. “Toda obra começada pelo PCdoB não terminou e não é falta de recursos, eles receberam o dinheiro para fazer a obra do canal”, lembrou Terezinha.

Alf, por sua vez, acusou a gestão de ser incompetente. “Eles têm o apoio federal e estadual, recebem os recursos, mas as obras não andam. Eles não têm competência e nem eficiência para tocar a cidade”, disparou. O pré-candidato fez questão, entretanto, de afirmar que a oposição que é feita em Olinda é ao PCdoB e não a Eduardo Campos. “Lutamos contra essa gestão ineficiente, mas não fazemos oposição a Eduardo, eu inclusive votei nele”, assinalou.

CHAPAS

Sobre quem será, de fato, o cabeça da chapa da oposição em Olinda, os pré-candidatos presentes no ato disseram que isso só será decidido depois do Carnaval, mas destacaram que devem ser escolhidos, ao menos, dois nomes. “Acho que mais do que isso enfraqueceria um dos candidatos, temos que fazer dois palanques fortes, que devem ser escolhidos com base em pesquisa qualitativa”, opinou Alf. Já Arlindo Siquieira acha que a oposição deve abrir espaço para o PT e PSB. “Sou a favor de nós apoiarmos duas candidaturas e uma delas pode ser do PT ou PSB, que também não estão satisfeitos com a atual administração”, acrescentou.

26/01/2012 01:06 - Amanda Seabra

FOLHA POLÍTICA