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25 maio, 2010

"A FUNDARPE VAI FALAR", DIZ EDUARDO

Em visita às obras dos hospitais Pelópidas Silveira (Jaboatão dos Guararapes) e Dom Helder Câmara (Cabo de Santo Agostinho), o governador Eduardo Campos (PSB) disse ontem que não comentaria o fato de a Fundarpe – ligada ao governo estadual – ter gastado R$ 3,057 milhões com uma empresa de promoção de eventos sem licitação. Ele adotou a mesma postura que tomara quando do surgimento das denúncias de shows fantasmas com recursos da Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur), no final do ano passado: jogou a responsabilidade das explicações à direção da fundação, presidida pela ex-vereadora Luciana Azevedo (PT), evitando envolver-se diretamente com acusações de supostas irregularidades em sua gestão.

“A Fundarpe vai falar. Ela (Luciana Azevedo) está reunida com o pessoal dela (da Fundarpe) e vai falar. E Isaltino (Nascimento, PT, líder do governo) fala na Assembleia Legislativa”, afirmou Eduardo. Mas nem a direção da entidade nem Isaltino Nascimento se pronunciaram sobre o assunto ontem. Quando do surgimento das denúncias de irregularidades em eventos da Empetur, em novembro de 2009, o governador não comentou publicamente o assunto, deixando as explicações aos então secretário de Turismo, o deputado estadual Sílvio Costa Filho (PTB), e o presidente da Empetur, José Ricardo Diniz.

A empresa em questão na Fundarpe é a J.B. da Silva Eventos, cujo nome fantasia é Palco Show Promoções e Eventos, com sede em Caruaru. Reportagem publicada pelo JC no domingo (23) mostra que ela recebeu R$ 3,057 milhões da Fundarpe, nos últimos três anos, através de 470 empenhos (ordens da pagamento). Só em 2008, ano das últimas eleições municipais, a empresa recebeu R$ 2,62 milhões, fracionados em 423 empenhos. A maioria com valores em torno de R$ 8 mil, o que justificaria a dispensa de licitação.

A Palco Show pertence a João Bertino da Silva, tio de um dos oficiais de chefia de gabinete do governador, Antônio Mário da Mota Limeira Filho, e cunhado do ex-prefeito de Riacho das Almas (Agreste) Mário da Mota Limeira Filho (PSB). A esposa de Bertino, Maria das Dores Mota Limeira, é chefe da Agência do Trabalho do governo do Estado em Caruaru.

Desde o último dia 13, a bancada de oposição vem cobrando da Fundarpe explicações sobre contratação de empresas para eventos. Na ocasião, os oposicionistas levantaram suspeitas sobre duas empresas contratadas sem licitação, a Kactus Promoções e Eventos e a Nova Era Entretenimentos, ambas em Paulista (Região Metropolitana). A Kactus recebeu R$ 2,57 milhões da Fundarpe, mas sua estrutura não condiz com uma empresa com faturamento tão vultoso: ela funciona em uma sala onde sequer tem um computador. E a Nova Era, que recebeu R$ 1,1 milhão, funciona em uma sala comercial que fica a maior parte do tempo fechada.

Fonte: Jornal do Comércio (política), 25/05/2010



POSTADO POR ARLINDO SIQUEIRA

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01 maio, 2010

Valor Online diz que Jarbas vai ser candidato ao governo de Pernambuco

Em reportagem, Valor Online diz que Jarbas vai ser candidato ao governo de Pernambuco


POSTADO ÀS 20:26 EM 30 DE Abril DE 2010

Por Murillo Camarotto, do Recife



A contragosto, Jarbas deve ir para o sacrifício da disputa estadual



Os partidos que fazem oposição ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), pretendiam iniciar hoje a pré-campanha pela retomada do Palácio do Campo das Princesas, sede do poder local. Há cerca de um mês, o senador e duas vezes governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) prometeu anunciar no dia 30 de abril a sua decisão de concorrer ou não à cadeira de Campos. Após muitas negociações, entretanto, decidiu adiar por mais uma semana a tão aguardada notícia.



Apesar da frustração com o adiamento, os aliados de Jarbas seguem confiantes de que o senador, mesmo a notório contragosto, aceitará a empreitada. E isso deve mesmo acontecer. Segundo pessoas próximas a Jarbas, a remarcação do anúncio não aconteceria no caso de uma resposta negativa sobre a disputa. "Seria frustrante demais", afirmou a fonte.



A verdade é que Jarbas está indo para o sacrifício. Uma eventual desistência do senador jogaria nas trevas a oposição, que, além de desarticulada, não dispõe de outro nome minimamente competitivo. Os próprios membros do bloco oposicionista, composto por PSDB, DEM, PMDB, PPS e PMN, admitem que "não existe um plano B" para a composição da chapa.



Com mandato de senador válido até 2014, Jarbas pretendia permanecer em Brasília, apesar do declarado descontentamento com a atividade legislativa. O senador chegou a se oferecer para trabalhar na campanha de José Serra (PSDB), talvez com alguma coordenação no Nordeste. No entanto, ouviu do tucano a recomendação de que se candidatasse ao governo, com a missão de preparar um palanque minimamente razoável no Estado onde Lula nasceu e é venerado.



Somada ao poder da máquina pública estadual, a grande popularidade do presidente em Pernambuco é um dos principais ativos políticos de Eduardo Campos, que é o governador mais próximo de Lula. Os próprios aliados de Jarbas admitem que Campos é "muito favorito" na eleição. Acreditam, no entanto, que a candidatura do senador teria potencial para aumentar a votação de Serra e para a conquista de um resultado melhor da oposição nas eleições para deputados e senadores.



Ainda assim, Jarbas resistia. Chegou a dizer que, se quisesse voltar a ser governador, não teria disputado o Senado, teria ficado em Pernambuco preparando o terreno para a disputa com Campos. Em entrevistas, admitiu que a oposição descuidou-se de suas bases, o que resultou em um bem-sucedido processo de cooptação de prefeitos e deputados tucanos para a seara governista.



Sem muitos palanques à disposição, umas das principais reivindicações do senador para ser candidato era de que fosse reeditada neste ano a chapa majoritária que saiu vitoriosa em 2002, com ele próprio para o governo e os senadores Sérgio Guerra (PSDB) e Marco Maciel (DEM) disputando a reeleição. A condição, entretanto, também está perto de azedar. Comprometido com a coordenação nacional da campanha de Serra, Sérgio Guerra deverá se candidatar a deputado federal.



Não bastasse mais essa dificuldade, Jarbas ainda teve que lidar com insinuações tucanas de que as sérias diferenças entre ele e o presidente Lula poderiam ser prejudiciais para a campanha de Serra em Pernambuco. "Isso não faz sentido. Há alguém mais antilula do que o próprio Serra?", indagou a fonte.



Apesar dos contratempos e da falta de vontade de Jarbas, os membros da oposição sempre o mantiveram pressionado. Não são foram poucos os correligionários que diziam a quem quisesse ouvir que Jarbas era o candidato da oposição. "Nosso papel é argumentar que esse caminho (de desistir da candidatura) é o pior", diz o deputado federal Raul Henry (PMDB), um dos principais aliados de Jarbas.



Também da oposição, o ex-ministro da Fazenda e conselheiro político do DEM Gustavo Krause contemporiza: "Ninguém pode ir para um processo desses empurrado, constrangido. É preciso deixar as pessoas livres". Krause lembrou, no entanto, que muitas vezes os projetos coletivos devem se sobrepôr às convicções pessoais. Fazendo um paralelo com sua própria experiência, ele contou que também foi muito pressionado a disputar o governo de Pernambuco contra Miguel Arraes, em 1994, quando acabou derrotado.



Morto em 2005, o ex-governador Arraes foi um dos maiores adversários políticos de Jarbas. Os dois se enfrentaram nas eleições de 1998, vencida por Jarbas. Nos bastidores políticos do Recife, é versão corrente que Campos sonha em dar o troco, apesar de nunca ter admitido publicamente.


POSTADO POR ARLINDO SIQUEIRA

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