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11 março, 2010

GREVE DE MÉDICOS FECHA AMBULATÓRIOS E PSFs DE OLINDA

Mobilização, que segue até sábado, atinge 39 postos do Programa Saúde da Família, quatro ambulatórios e a Maternidade Brites de Albuquerque


Os médicos da rede municipal de Saúde de Olinda, no Grande Recife, deram início, ontem, à paralisação das atividades nas unidades da prefeitura. Com a ação, estão sendo afetados 39 postos do Programa Saúde da Família no município, quatro ambulatórios e a Maternidade Brites de Albuquerque, na Cidade Tabajara. A paralisação continua até a 0h de sábado. A medida foi aprovada em assembleia, na noite de anteontem, como forma de pressionar a Secretaria Municipal de Saúde a negociar o piso salarial, que hoje é de R$ 882, inferior a dois salários mínimos.

Na manhã de ontem, médicos, enfermeiros e representantes de entidades médicas estiveram na Maternidade Brites de Albuquerque para protestar. “Temos o menor salário municipal para médicos do Brasil. O que o poder público faz com a categoria é vergonhoso, um verdadeiro descaso”, desabafou o diretor do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Tadeu Calheiros. Segundo ele, a entidade nunca foi recebida pelo prefeito Renildo Calheiros. “Nas nossas tentativas de negociação, recebemos da Secretaria de Saúde uma proposta não oficial de abono salarial de R$ 500, mas, por unanimidade, ela não foi aceita na assembleia.”

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), André Longo, as condições de trabalho dos médicos de Olinda desvalorizam o profissional e desestimulam a entrada de novos funcionários na rede. “É preciso dar um basta a essa situação”, opinou. “No Recife, por exemplo, a partir de junho, o piso salarial será de R$ 3.060, mais de três vezes maior.”

Apesar da paralisação, a quarta deste ano, os 283 profissionais continuarão nos seus postos para prestar atendimentos emergenciais. Na maternidade, não haverá internamentos e as pacientes, após consultas prévias, serão encaminhadas para municípios vizinhos. Para a médica obstetra Sílvia Loreto, a manifestação tem o objetivo de melhorar não só a situação dos médicos, mas da população. “O quadro de funcionários está defasado e a infraestrutura está bastante precária. O berçário, por exemplo, não tem condições de receber bebês com estado de saúde grave”, disse.

A previsão é que cerca de 600 pessoas deixem de ser atendidas. Na próxima segunda-feira, haverá nova assembleia. De acordo com Tadeu Calheiros, se não houver resposta da prefeitura, “há grandes possibilidades de greve por tempo indeterminado”.

A Secretaria de Saúde de Olinda informou que não foi comunicada oficialmente sobre a decisão dos médicos e que, portanto, não pode se posicionar sobre a contraproposta ao abono de R$ 500.


APEVISA
Funcionários da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), unidade técnica ligada ao governo do Estado, suspenderam as fiscalizações e inspeções externas até amanhã, quando haverá assembleia da categoria. O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Seguridade do Estado (Sindsaúde) reivindica a equiparação do salário da Apevisa com o de outras agências e a implantação de um plano de cargos e carreiras.

Fonte: Jornal do Comércio (cidades), 11/03/2010



POSTADO POR ARLINDO SIQUEIRA

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02 março, 2010

Pacientes são atendidos apesar de greve em Olinda

Desde ontem, médicos que atendem em policlínicas e postos do Programa Saúde da Família (PSF) em Olinda, no Grande Recife, estão sem trabalhar. A paralisação, que deve continuar até a sexta-feira, foi deflagrada por causa do baixo salário, que hoje é de R$ 882 por mês. Segundo o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), metade dos profissionais, de um total de 270, aderiu à greve. O que se observou na manhã de ontem, entretanto, foi um cenário tranquilo, mesmo com dificuldades enfrentadas por alguns pacientes.

Nas unidades de Saúde da Família de Jardim Brasil II e de Vila da Manchete, por exemplo, os pacientes estavam sendo atendidos normalmente. Alguns nem sabiam que os médicos tinham entrado em greve. “Para mim, está normal. Eu nem sabia que estava tendo essa paralisação”, comentou a doméstica Juliana Rocha, 27 anos.

No PSF da Cohab, entretanto, a sensação não era de normalidade. Além da ausência do único médico que atende o posto, o local está sem técnico em enfermagem há cerca de dois meses. “Todas as vacinas tiveram de ser recolhidas por causa disso, já que é o técnico que verificava a temperatura das geladeiras e a validade das vacinas, por exemplo”, explicou a recepcionista do posto, Keuthy Keisse Barbosa.

Para a Secretaria de Saúde de Olinda, a greve dos médicos não causou tantos prejuízos à população. “A situação está complicada apenas na Policlínica de Ouro Preto. Mas no resto o atendimento foi normal.”

De acordo com o Presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Silvio Rodrigues, o movimento já teve efeito positivo. “Nós conseguimos marcar uma audiência com o prefeito de Olinda para a sexta-feira. Dependendo de como seguirem as negociações, decidiremos se vamos continuar ou não com a paralisação.” Na manhã de hoje, Um ato público em frente à Policlínica Barros Barreto, no Carmo, vai explicar à população os motivos da suspensão dos atendimentos.

CIDADE- JORNAL DO COMÉRCIO

POSTADO POR ARLINDO SIQUEIRA

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