Ambulatórios de policlínicas e Postos de Saúde da Família ficarão fechados durante quatro dias, a partir de hoje. Categoria cobra melhores salários
Médicos que trabalham nos ambulatórios de policlínicas e nos Postos de Saúde da Família (PSF) de Olinda, no Grande Recife, suspendem as atividades por quatro dias, a partir de hoje. Nesse período, só o atendimento de emergência continua mantido nas policlínicas, de acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Sílvio Rodrigues.
A categoria reclama da baixa remuneração e das precárias condições de trabalho. “Olinda paga o pior salário do Brasil. O salário-base de um médico do PSF é de R$ 882, enquanto profissionais que atuam no mesmo serviço em outros municípios da região metropolitana recebem mais de R$ 3 mil”, compara o sindicalista.
Sílvio Rodrigues informa que o salário defasado tem afastado os médicos da rede de saúde de Olinda. “Há plantões desfalcados até em maternidades e PSF funcionando sem a presença de médico, que se configura como irregularidade. Além disso, falta material de trabalho nos serviços de pronto-atendimento”, alerta.
Os 250 médicos vinculados às policlínicas e PSF aprovaram a paralisação semana passada. “Paramos três vezes em janeiro deste ano e tentamos contato com o prefeito de Olinda (Renildo Calheiros, PCdoB), mas não tivemos retorno. Nada foi resolvido e por isso decidimos fazer outro movimento. Esperamos uma negociação esta semana”, diz.
Ato público marcado para as 9h de hoje, em frente à Policlínica Barros Barreto, informará à população as razões do movimento.
No município de Paulista, também no Grande Recife, a Unidade Mista Torres Galvão amanhece fechada ao público, a partir de hoje. Os atendimentos ficarão suspensos por um prazo de 90 dias para permitir reformas na emergência, conforme a Secretaria municipal de Saúde.
O fechamento temporário da Unidade Mista Torres Galvão, único serviço de pronto atendimento de Paulista, pegou de surpresa a comunidade local. Sexta-feira passada, houve protesto de profissionais da área de saúde e de líderes comunitários contra a decisão.
Fonte: Jornal do Comércio (economia), 01/03/2010
POSTADO POR ARLINDO SIQUEIRA
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