12 abril, 2010

Jarbas: "Se Eduardo se acha forte, por que não anuncia a chapa?

Em entrevista ao JC, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) sinalizou, mais uma vez, que disputará o Governo de Pernambuco ao afirmar que o desafio não estava nos seus planos, mas que poderá enfrentá-lo por uma convocação do candidato do PSDB ao Planalto, José Serra. “Há disputas que você persegue e há outras que você é convocado. Quando eu quis ser governador, eu persegui. A conversa com Serra é definitiva. Dela vou sair candidato ou não”, afirmou. Veja abaixo alguns trechos da entrevista por temas:


A razão de só anunciar dia 30

“Preciso desse tempo (30 de abril) para que algumas coisas se resolvam. Por exemplo, minha conversa com Serra não ocorreu. Tivemos desencontros de agendas. O calendário que eu disse à Imprensa e aos aliados é real. Eu tenho evitado dar entrevistas porque não sei gerar factóides”.

Disposição para entrar na disputa

“Se tivesse na minha cabeça o projeto de disputar a sucessão de Eduardo eu não tinha nem disputado a eleição para o Senado. Eu ficaria no Estado, para comandar a oposição, mesmo sem mandato. Então, o projeto de disputar o governo não estava na minha cabeça”.

Desapontamento com o Senado

“Cheguei aqui e me decepcionei com o Senado. Encontrei uma Casa cheia de vícios, distorções, precária. Essa decepção com o Senado talvez facilite a decisão de disputar o Governo de Pernambuco, porque não me sinto confortável aqui no Senado. Fui perseguido pelo PMDB desde que cheguei. Passei dois anos sem participar de comissões por um capricho de Renan Calheiros, que era presidente do Congresso. Hoje, estou na Comissão de Justiça porque Sérgio Guerra me cedeu a vaga”.

Desarticulação da oposição

“Eu não sou responsável pela desarticulação da oposição em Pernambuco. Posso não ter trabalhado como deveria. Mas não poderia ser senador atuante e comandar a oposição no Estado. Não adianta mais chorar o leite derramado. A verdade é que não fizemos oposição no Estado. Nem tampouco a gente procurou se organizar, expandir ou manter o que já tinha”.

Sobre a decisão final

“É uma decisão minha comigo mesmo. Mas claro que a conversa com Serra é definitiva para minha decisão, porque eu vou sair dela candidato ou não. Sendo ou não candidato eu vou conversar com Mendonça Filho, Marco Maciel, Sérgio Guerra, Roberto Freire, Raul Jungmann, para depois anuncia no dia 30 a minha decisão. Se sou candidato, porque sou. E se não sou, porque deixei de ser. A agenda está organizada na minha cabeça”.

Comparação com Governo Eduardo

“Os fatos vão aparecer. Quem fez e o que está registrado. Isso aí a gente vai mostrar agora quando resgatar a história. Isso a gente mostra com fatos, números, imagens. Ele dizer que já inventou um novo Pernambuco já me incomodou. Mas já me acostumei. Dudu (Eduardo Campos) pode dizer o que quiser. É uma questão de interpretação”.

Sobre a indefinição da chapa de Eduardo

“É um equívoco de esse governo me esperar. Esse governo Eduardo se acha tão forte, tão acima de tudo, e por que, então não anuncia a chapa? O normal é a oposição ir atrás do governo. E o quadro em Pernambuco, se a gente analisar os últimos 60 dias, é o governo que está esperando a oposição para poder se decidir. O que eu fico sabendo e tenho lido é que se eu for candidato colocam João Paulo para disputar uma das vagas ao Senado, ao invés de Humberto. Já pensou? Isso é uma coisa inusitada em Pernambuco, porque o governador sempre ditou o que a oposição vai fazer. Ou não é verdade?”

Sobre a frase de Eduardo “O povo não tem saudade do passado”

“Eu tenho saudade de quando fui combatente da ditadura. É sobre isso que Eduardo diz. Eu acho que ele ofende a memória do avô dele, porque Arraes fez política até os 80 anos. O avô que ele evoca e invoca a todo instante. Quando Eduardo faz uma afirmação dessa é como se ele não fosse neto de Miguel Arraes”.

Fonte: Blog do Magno Martins



POSTADO POR ARLINDO SIQUEIRA

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