26 abril, 2010

PT-PE: encontro da ''união'' virou briga feia. Eduardo pivô

Do Diario de Pernambuco

O encontro estadual do PT, encerrado ontem, deveria ser uma aclamação da pré-candidatura de Humberto Costa ao Senado e a confirmação da política de alianças do partido. Deveria. Mas transformou-se em mais um episódio de divergência interna entre os petistas. Dessa vez, com um ingrediente a mais: a interferência do Palácio do Campo das Princesas nos assuntos internos do PT. Os 250 delegados presentes ao evento deveriam cumprir a formalidade de aprovar o apoio à eleição da ex-ministra Dilma Rousseff à Presidência da República (PT) e à chapa de reeleição do governador Eduardo Campos (PSB). Mas um 'detalhe' gerou uma confusão que pode alimentar ainda mais o racha do partido, poucos dias após o trauma da escolha entre Humberto e João Paulo para concorrer ao Senado.

Ataque a Eduardo

Os delegados aprovaram por unanimidade a tática eleitoral do PT, mas fizeram questão de registrar no relatório do encontro uma moção contra a gestão estadual. O texto condenava 'o brutal ataque do governo Eduardo Campos contra os trabalhadores da Educação, que desmonta o Plano de Cargo e Carreira da categoria e provoca redução nominal dos salários'. O documento desagradou o governador Eduardo Campos e deixou as lideranças petistas temerosas de que pudesse haver prejuízo para a aliança entre o partido e o PSB. Então, começou uma operação para alterar a redação final do relatório. 'É uma questão de coerência. Se o PT é governo e quer fazer parte da coligação, não pode trazer a temática sindical para essa discussão', justificou Humberto.

Tapetão

No início da tarde, as lideranças do PT e os representantes das diversas tendências da legenda, além de dirigentes sindicais, reuniram-se a portas fechadas para decidir a estratégia a ser adotada. Três horas depois, deixaram a sala com uma solução. Apresentaram um recurso, a ser votado no plenário, para a retirada da moção. E assim foi feito. Mas boa parte dos delegados deixou o auditório aos gritos de 'tapetão', 'fraude'. 'O governo não gostou da moção e se articulou nacionalmente para a retirada dela do relatório final. Isso foi dito pelo próprio Humberto e por Jorge Perez (presidente estadual do PT)', afirmou Gilson Menezes, membro da executiva estadual. A informação foi negada por Humberto, por Perez e pelo líder da bancada do governo na Assembleia Legislativa, Isaltino Nascimento.

Mudos

Aprovado o recurso, teve início o encerramento do encontro. Esperava-se que fosse um ato político em prol de Humberto, inclusive com a participação de Eduardo e de outras lideranças da base governista, cancelado diante do impasse de última hora. Os líderes petistas (Humberto, João Paulo, o prefeito do Recife, João da Costa, deputado federal Fernando Ferro e deputados estaduais) foram convidados para compor a mesa e discursar. João Paulo, Isaltino e Sérgio Leite se recusaram a falar. Humberto, João da Costa, Teresa Leitão, Isabel Cristina e Perez falaram sobre a necessidade de superar o 'desencontro'e unificar o partido para a campanha e para a defesa do projeto estratégico que pretende para o estado.

Comentários:
Enviado por: Rosangela Maria da Silva
"O MAL POR SI SÓ SE DISTROE" AMÉM!

Enviado por: Paulo Robkstikeare
Quem vota num político sem compromisso nenhum com a Educação, como é o caso Eduardo Campos, não merece minha consideração. Professor que votar em Eduardo Campos merece o salário de fome e o tratamento desleal que recebe dele e de seus asseclas.

Enviado por: Paulo Robkstikeare
Não pagar o piso da categoria é crime! Cancelar o plano de cargos e salários (conseguidos por muita luta duranto o governo Jarbas) também é criminoso! Não negociar e ainda colocar o rolo compressor para aprovar redução salarial é criminoso!

Enviado por: Paulo Robkstikeare
Professor é tratado como cachorro pelo governo Eduardo Campos. Não me importa como os outros governos tratavam! Cortar ponto de professor no 1º dia de greve é ditatorial! Perseguir escola que fez greve, é ditatorial! Colocar a opinião pública contra a categoria, é ditatorial!

Enviado por: Severino Isidoro Fernandes Guedes
... Afinal como a aliança PMDB-DEMO tratava os professores a pontapés, o professor que sair de casa para votar neles merece o que? Ter confirmada a vergonhosa e desrespeitosa alcunha de vagabundo?

Enviado por: Severino Isidoro Fernandes Guedes
... O patamar salarial de um professor iniciante está bem melhor do que o que era há anos passados. O samba do crioulo doido ocorre em relação ao salário dos professores mais antigos (que inexplicavelmente foram prejudicados). Mas isso não credencia o governo anterior a nada...

Enviado por: Severino Isidoro Fernandes Guedes
... Neste governo ao menos os professores não foram chamados de vagabundos, receberam alguns equipamentos de trabalho essenciais (como um notebook) e tiveram as condições de trabalho melhoradas. Os professores novatos, por exemplo, não tem do que reclamar...

Enviado por: Severino Isidoro Fernandes Guedes
... E até chamados de vagabundos, um ato truculento e desrespeitoso por parte do (des) governador (quem bate esquece, mas quem leva tem o direito de não se esquecer). Se este governo não é um primor para o professorado - e não é - o anterior conseguia ser pior ainda...

Enviado por: Severino Isidoro Fernandes Guedes

E o que dizer de um professor que sai de casa para dar um voto em Jarbas ou em algum candidato apoiado por ele? Primeiro porque o salário pago aos professores pelo (des) governo Jarbas/Mendonça era ainda mais indecente que o atual. Depois porque os professores a época eram humilhados...

Enviado por: Paulo Robkstikeare
Um professor que sair de casa para dar um voto em Dudu realmente merece ganhar o que ganha...

Enviado por: jose carlos da silva
TOLINHA !

Enviado por: Elisângela Coêlho da Silva
Jorge Perez e os deputados que votaram contra os professores pernambucanos, portanto contra a classe trabalhadora, precisavam mesmo saber que O PARTIDO É DOS TRABALHADORES. Como professora da rede estadual e petista me sinto muito bem representada pelos delegados ao evento. Esse Partido é nosso!

Enviado por: Carlos
O problema foram pessoas ligadas a Dep. Teresa Leitão que votaram a tal moção!! Tinham que votar. Afinal os professores de PE ganham mal. Ela defendeu os interesses da classe. Quem voltou atrás foi o presidente Jorge Perez. Ele que resolveu voltar a trás. Contrariou assim a sua história sindical.

Enviado por: Raimundo Eleno dos Santos
Humberto pode ajudar a eleger Marco Maciel; também deu fôlego a Sérgio Guerra; para o Palácio do Campo das Princesas, penso que será assim: Sérgio e Armando.Está escrito nas estrelas.

Fonte: Blog do Magno Martins



POSTADO POR ARLINDO SIQUEIRA

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