13 junho, 2011

Teresa admite candidatura petista


A deputada estadual Teresa Leitão admite que seu partido, o PT, tem feito análises sobre todas as conjunturas, incluindo a hipótese de lançar candidatura própria em Olinda. Segundo a parlamentar, não se pode analisar “cenários parados”. “Temos agido com cautela, porque fazemos parte da administração (o petista Horácio Reis é o vice-prefeito). Agora, há orientações do PT para que analisemos mais profundamente determinadas cidades, como capitais e aquelas com mais de 150 mil eleitores, que é o caso de Olinda. Evidente que vamos colocar a situação da aliança. Estamos fazendo esse debate, assim como todos os partidos”, afirma Teresa.
A petista sugere que o PT não repita os “equívocos” de 2008, quando chegou a lançar três pré-candidatos (Paulo Valença, Enildo Arantes e a própria Teresa), e terminou com a vice. “Nossa pretensão hoje é fazer primeiro o debate interno. Estamos conversando com as lideranças do PT e também com outros partidos que têm nos procurado. Vamos conversar sem risco de comprometer a governabilidade. Nossos dois vereadores têm sido muito fiéis em relação ao prefeito, como também nossos secretários”, pontua.

Para a deputada, há outros nomes que estão se cacifando para entrar no processo eleitoral, mas não de forma transparente. “Não adianta lançar os nomes já nas ruas. Você tem que começar a construir e acumular. Já tem pré-candidato com outdoor, fazendo festa de aniversário, se articulando, mas sem dizer que é. Estamos tendo um cuidado redobrado em Olinda e adotando uma postura muito transparente. Agora, o desfecho em relação ao PT não vai se resumir ao território de Olinda. Vai estar diretamente relacionado com os contextos estadual e nacional. Temos clareza disso”, conclui Teresa.

A propagada harmonia na Frente Popular de Pernambuco poderia começar a se comprometer a partir da disputa em Olinda. Essa hipótese foi levantada pelo líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Waldemar Borges (PSB), sobre uma eventual candidatura Teresa Leitão naquele município. A argumentação do socialista é que, caso o PT entre de fato na disputa, o PCdoB ficaria desobrigado de apoiar o candidato do PT para a Prefeitura do Recife no ano que vem.

Outra questão que também pesaria é a do vice Horácio Reis que foi eleito na chapa com Renildo Calheiros (PCdoB), em 2008. Enquanto isso, os comunistas não mantiveram a vice na chapa do Recife. Embora não levantem essa questão, nos bastidores, uma “gentileza” é tida como bem-vinda.

FOLHA DE PERNAMBUCO
12 DE JUNHO DE 2011
POLÍTICA

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