24 agosto, 2011

Ao lado de Dilma e com pés no chão

 
Aline Moura

EDUARDO APOIA MEDIDAS DA PRESIDENTE MESMO EM MEIO ÀS APOSTAS DE QUE PODE DISPUTAR O PLANALTO EM 2014


Governador confirmou a vinda da presidente a Pernambuco na
próxima segunda-feira. Imagem: CECÍLIA DE SÁ PEREIRA/DP/D.A PRESS




  A relação entre o governador Eduardo Campos (PSB) e a presidente Dilma Rousseff (PT) começa a ficar mais afinada. Embora alguns socialistas apostem na sua candidatura ao Palácio do Planalto, em 2014, Eduardo se esforça para demonstrar apoio a Dilma e às medidas adotadas pelo seu governo. Mesmo que sonhe em concorrer à Presidência, ele dá sinais de que pretende distensionar a corda e manter o PSB como fiel aliado em meio à crise. “As coisas não acontecem tão singelamente. É claro que Pernambuco hoje tem mais atenção do que outros estados pelo que acontece na política e na gestão pública. Mas é óbvio que isso, em hora nenhuma, me faz tirar um milímetro do pé do chão”, afirmou, ao ser indagado sobre as pretensões eleitorais futuras.       

Eduardo falou sobre questões políticas depois de participar do lançamento do programa Pernambuco Conduz, que permitirá a locomoção gratuita de pessoas com deficiência no estado. Depois de se reunir com Dilma em Brasília, na semana passada, ele voltou a conversar com a petista por telefone, ontem, e recebeu a informação de que ela virá a Pernambuco na próxima segunda-feira, possivelmente para inauguração da barragem de Pirapama.

O gesto de afinidade foi demonstrado pelo governador em meio a rumores de que a presidente estaria apoiando o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB) para a disputa do Tribunal de Contas da União. Eduardo – que articula votos a favor da deputada federal Ana Arraes (PSB), sua mãe –, não se mostrou preocupado. Ele endossou o papel de defensor e aliado.

O governador acredita que Dilma está se saindo bem no combate à corrupção, que é uma agenda da sociedade, e na agenda administrativa. “Ela tem conseguido, com muito equilíbrio, fazer os dois movimentos: de deixar clara qualquer intolerância com a apropriação dos recursos públicos e cuidar do país, do desenvolvimento (…) Tudo isso em oito meses, não é simples”, pontuou.      

Para o governador, nem todas as críticas da base são motivadas por causa das denúncias de corrupção. “Não dá para confundir e dizer: todo mundo que está reclamando do governo é porque é favorável à corrupção. Todo mundo que está elogiando é porque combate à corrupção. Não é singelo assim”, declarou, observando que a presidente “tem se esforçado muito nos últimos dias” para manter diálogo com os aliados.


DIÁRIO DE PERNAMBUCO

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