Em mais um procedimento para chamar a atenção da Secretaria de Saúde de Olinda, os médicos vinculados à rede resolveram cruzar os braços. Esta é a sexta paralisação da categoria, que deve voltar ao expediente normal apenas na sexta-feira. Como o movimento teve início ontem, serão 96 horas sem os serviços das atividades ambulatoriais, postos do PSF e os serviços da Maternidade Brites de Albuquerque. Durante esse período, apenas atendimentos de emergência serão realizados. A reivindicação se dá por conta da insatisfação salarial, além de sobrecarga de trabalho e falta de estrutura nas unidades de saúde.
A população de Olinda conta com 56 unidades de PSF, cinco policlínicas e duas unidades de urgência. São 250 médicos vinculados à rede e de acordo com o diretor do Simepe, Tadeu Calheiros, a insatisfação é geral. “Os médicos que atuam em Olinda não têm condições de trabalho, faltam até medicamentos. Os profissionais ficam sem estímulo e a população, sem assistência médica”, afirmou.
Os médicos de Olinda não aceitaram a proposta apresentada pela Prefeitura na última semana. No documento, o salário-base inicial para médicos efetivos seria de R$ 1,1 mil, e abono de R$ 250. Para os contratados seria um abono de R$ 500. A intenção da categoria é alcançar a equiparação salarial com os médicos do Estado e os vinculados à rede do Recife que têm salário-base equivalente a R$ 3.060.
Fonte: Folha de Pernambuco (Grande Recife), 13/04/2010
POSTADO POR ARLINDO SIQUEIRA
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