14 julho, 2009

PT, PTB e PCdoB veem “precipitação”

olho em 2010

por Bruna Serra
para o JC

Antes que a desarrumação causada pela formalização do apoio do PP à reeleição do senador Sérgio Guerra (PSDB) contaminasse mais aliados, líderes dos principais partidos de sustentação da base governista apressaram-se ontem em condenar a decisão e minimizar seus efeitos.

PTB, PT, PCdoB e o próprio partido do governador - o PSB - adotaram um discurso similar. Para os representantes dessas legendas, a decisão dos progressistas foi precipitada e ainda pode ser revertida. O líder do governo na Assembleia Legislativa, Isaltino Nascimento (PT) lembrou que o escolhido do PP é um senador de oposição em esfera nacional.

“O PSDB se opõe nacionalmente ao presidente Lula. Acho que devemos procurar dar continuidade a uma ação estratégica de Pernambuco e do Brasil. O ideal é termos um palanque único para defender a ministra Dilma Rousseff (presidenciável), o governador Eduardo Campos e os senadores da chapa”, opinou. Atualmente Sérgio Guerra está no cargo de presidente nacional do PSDB.

Já o vereador comunista Luciano Siqueira disse torcer para que novos acontecimentos possam surgir, fazendo com que o PP reavalie seu posicionamento.

“Essa definição nos pareceu precipitada, especialmente porque não foram anunciados ainda os nomes que vão compor a chapa governista. Na verdade, nem começamos ainda a debater formalmente o assunto. Torço que nesse período de um ano o PP posa rever sua posição”, opinou.

O presidente estadual do PSB, Milton Coelho, afirmou que o PP continua participando ativamente do governo, onde é representado pela deputada Ana Cavalcanti, que dirige o Instituto de Recursos Humanos (IRH). “O PP tem Ana Cavalcanti, que está em contato direto e frequente com o governador e tem canal aberto para dialogar com o Palácio”, declarou.

O PTB manteve o posicionamento já declarado de solidariedade ao governo e também condenou a precipitação. Os representantes do PDT não foram encontrados para comentar o assunto.

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