21 setembro, 2009

CONFUSÃO MARCA ELEIÇÃO DE CONSELHO TUTELAR



Pleito em Olinda foi repleto de denúncias de irregularidades Houve até informações de que pessoas registraram votos mais de uma vez.


Muita confusão e desordem marcaram as eleições para compor o Conselho Tutelar de Olinda. Durante o dia de ontem, as votações se tornaram reflexo de confusões, bocas de urna, vendas e ingestão de bebidas alcóolicas em frente a colégios eleitorais, votos em cédulas, e falta de listagem do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Em alguns locais, o atraso na abertura dos portões causou inquietação da população, e grande parte acabou abrindo mão do direito de votar. Denúncias de pessoas que registraram o voto mais de uma vez e de candidatos que utilizaram carros públicos para transportar eleitores eram unânimes. Durante a noite, um bate boca em frente ao Mercado Eufrásio Barbosa, onde aconteceu a apuração dos votos, deixou muita gente revoltada e desconfiada dos resultados, ameaçando acionar o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para cancelar as eleições, que acontecem a cada três anos, e nessa edição têm 10 vagas para 48 candidatos.


A candidata Maria Rosângela Santana, julgou a desorganização como um descaso à população. “Estava uma coisa horrorosa. Os fiscais fechando as portas, dizendo que não tinha estrutura para receber o povo todo. Não pediam nem documentos. Estava tudo desorganizado”, denunciou. O Conselho Tutelar de Olinda foi criado em 2000, pela ex-conselheira Vera Lúcia Carvalho, que na frente do Eufrásio Barbosa era uma das mais indignadas com a eleição de 2009, cuja apuração não permitiu a entrada dos eleitores. “Isso é um desrespeito. Não pode haver apuração a portas fechadas. Onde está a democracia? Nunca foi assim. O povo não terá o direito de fiscalizar e saber quem realmente venceu”, contestou.


O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdaco), Gilson Braga, rebateu as críticas e garantiu que não teve lugar para fraudes nas eleições. “Nós montamos um sistema que cada pessoa só poderia votar uma única vez e colocamos fiscais nos colégios eleitorais. Não vai haver fraudes porque em primeiro lugar temos responsabilidade com o nosso trabalho e temos transparência como conselheiros”, explicou. Só foi permitida a entrada dos candidatos e de um fiscal acompanhante para cada. Fato que, segundo Braga, estava acordado há três meses atrás, por falta de estrutura do local.


Braga reconheceu ainda o direito dos candidatos. “Eles podem sim mover uma ação no MPPE ou entrar com pedido de impugnação, mas temos consciência de que foi um processo democrático e que conseguimos mobilizar a população. Antes tínhamos apenas três locais de votação, e hoje aumentamos para 20”, ressaltou. De acordo com Vera Lúcia Carvalho, apenas entrarão com ação no MPPE os candidatos que se sentirem prejudicados com o resultado.

Fonte: Folha de Pernambuco

POSTADO POR ARLINDO SIQUEIRA

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